O despique eleitoral
São forças da natureza humanamente naturais
O Sol mor, a chuva cristã e o vento social
Em maio decidiram firmemente entrar num rude despique
Numa aposta competitiva fraca de valores e ideias, sem
precedente
São todos muito intelectuais e doutores com
responsabilidades
Mas no terreno quando inquiridos, são negativos
Evasivos, fraquejam e gaguejam com excitação, nada dizem
pois então
O sol quer abrasar todos mas apenas traz o rasto das
queimaduras
Já feridas profundas em algumas peles corporais
O vento quer soprar mais forte e levar os lixos pelos ares
Mas deixa de fora do protesto, intactos os impostos e juros
europeus
A chuva com a sua forte fé, molha e estraga tudo sem licença
Parecendo querer exterminar os vírus instalados da secura do
sol mor
Mas alguém de Pé, de pé firme protesta com viva voz feminina
Pelas praças ruas e jardins fazem seus ecos consideráveis mas
inúteis ao vento
E também mesmo os que andam a pé em caravanas cuidadas
Em desnorte real da pertença monarquia
Não deixam passar nenhuma mensagem de alegria
Uma campanha triste, fraca esvaziada de um discurso útil e
esclarecido.
Ausente de eloquência e firmeza de ideias objectivas
Uma pobreza política!
21/05/2014
Lúcia Vieira
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