sexta-feira, 6 de junho de 2014


Caçarolas,
De barro grosso ou fino
branco  e amarelo e até preto
quadradas,  rectangulares ou ovaladas
ao forno vão em dias de festa com o petisco
Celebram nascimentos, baptizado sou casamentos
nelas se fazem os  bons assados ,
o  arroz   de  miúdos da cabrito e pinhões
e  castanhas  assadas  ou o rojões
Sempre andam na trabalheira
Até no Natal nelas os perus se assam 
é uma procissão de caçarolas
entram e saem   dos fornos quentes
à espreita  e com medo das colheres de pau
não venham com apressa e  lhes dêem  uma dentada fatal 
 que  lhes salte o verniz e  toda a graça da sua  beleza natural  !  
01/06/2014

 Lúcia Vieira 
Coroação!
Coroaram o nosso dia de cinzento
 As nuvens fizeram-se traquinas e zangadas
Deixaram registados, os seus queixumes
nos chãos pretos e  nos que não são
as lamas amassadas e  empapadas
Choveu , choveu, choveu
Mostraram a todos o que são e como são
Fizeram-se ver, fizeram -se ouvir
Regaram os campos secos com as palavras
vieram   molhadas e compridas
O Sr  frio mostrou –se tonto,
perante a firmeza da chuva
Ambos fizeram dizer
Palavras curtas enraivecidas
no cinzento deste dia, a chuva não se calou todo o dia
Bateu o pé, abriu as tampas ao medo, venceu!
Uma surpresa!
Com serenidade e bom senso se afastarão com certeza!
 Afinal foi uma coroação!
 Uma coroação em forma de chuva!
 06/06/2014

 Lúcia Vieira 

domingo, 1 de junho de 2014

Dia mundial da criança 
As melancias na minha infância
Genuinamente portuguesas
Nada de importações,
Eram semeadas no meio dos vinhedos ou nas hortas
Vizinhas dos feijoeiros, das abóboras, pepinos
Pimentos e tomateiros pelos agricultores do norte
Cresciam como podiam e se faziam adultas
Eram redondinhas ou levemente ovaladas
de casca fina , muito verdinha com raio brancos grandes  e doces 
Cresciam o que tinham de crescer e só eram mesmo colhidas quando estavam boas para comer
 Nada de hormonas para crescer
 As melancias da minha infância
Tinham um sabor autêntico, verdadeiro da fruta
Pela doçura, frescura e do genuíno sabor
Mais a cor de um coração eram muito
Cobiçadas no verão pelas crianças
E no ímpeto de as saborearem
Antes do tempo da maturação
 As iam apalpar ou “capar”
para ver se estavam maduras  e com elas se deliciarem
Engano e inocência da criancice
de tanto as mexerem ficavam tolheitas
e ali  apodreciam nos vinhedos  ou hortas
sem darem o prazer final  de nelas se   cortar uma fatia !
as melancias da minha juventude eram massacradas
É por isso, que agora as comemos importadas ?
Que neste dia ,todas as crianças tenham pelo menos uma melancia para colher !
01/06/2014

 Lúcia Vieira 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O despique eleitoral
São forças da natureza humanamente naturais
O Sol mor, a chuva cristã e o vento social
Em maio decidiram firmemente entrar num rude despique
Numa aposta competitiva fraca de valores e ideias, sem precedente
São todos muito intelectuais e doutores com responsabilidades
Mas no terreno quando inquiridos, são negativos
Evasivos, fraquejam e gaguejam com excitação, nada dizem pois então  
O sol quer abrasar todos mas apenas traz o rasto das queimaduras
Já feridas profundas em algumas peles corporais
O vento quer soprar mais forte e levar os lixos pelos ares
Mas deixa de fora do protesto, intactos os impostos e juros europeus  
A chuva com a sua forte fé, molha e estraga tudo sem licença
Parecendo querer exterminar os vírus instalados da secura do sol mor
Mas alguém de Pé, de pé firme protesta com viva voz feminina   
Pelas praças ruas e jardins fazem seus ecos consideráveis mas inúteis ao vento
E também mesmo os que andam a pé em caravanas cuidadas
Em desnorte real da pertença monarquia
Não deixam passar nenhuma mensagem de alegria
Uma campanha triste, fraca esvaziada de um discurso útil e esclarecido.
Ausente de eloquência e firmeza de ideias objectivas
Uma pobreza política!
21/05/2014

Lúcia Vieira 
Pensamento metafórico  
São uns senhores adultos
Já têm cabelos grisalhos
Gladiam-se com palavras
Usam metáforas às vezes
Falam ao desbarato de tudo e de nada
Pouco requinte nos discursos, gastos
Usam a astúcia dos mercadores venezianos
Vendendo a ilusão de lutar por melhorar o país
Idolatram o passado personificado
Vendem-se barato, por viagens e escritórios em Bruxelas
Alienaram e querem alienar o futuro dos mais juvenis   
Mesmo numa coligação nacional andam à deriva
Desnorteados e preocupados com o Sr. José
Nem com submarinos ou radares sofisticados
Encontram o ponto do destino final
Acabem com isso, façam um acordo!
Não dividam o país!
Dêem a voz ao povo, ao mestre e aos mestres de Avis
Impugnem a venda nos tribunais do meu país, já triangular!
Não se deixem mais uma vez enganar!
Chamem o Tribunal Constitucional
Sem desespero ou fatalismo!
 22/05/2014

 Lúcia Vieira  

domingo, 18 de maio de 2014

Portugal no TOP

Portugal no TOP
Há quem faça sobressair 
Que no meu país, também teu 
Que há encontros felizes 
Turismo de qualidade
Que nos deixa muito honrados 
Falam da nossa paisagem serrana
Do mar sereno e azul
Dos encantos escondidos 
Na simpatia e melancolia 
Revelados na canção fado
Na sardinha assada, no presunto…
Em toda a gastronomia
Há páginas de história viva
Das descobertas feitas com bravura
Inscritas no calcário dos monumentos
Com todo o engenho e sabedoria
Sabiamente foram pelos americanos
Elogiados
Mas os europeus, invejosos
Ficam silenciados ou penosos
Querem o nosso “ouro”
Que com o corpo sacrificámos
18/05/2014
Lúcia Vieira

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O meu desassossego
O sol, hoje, não brilha mais que ontem
 O sol marcou o encontro com o dia
À sua hora marcada apareceu
No seu horizonte brilhante
E deu luz ao telhado da minha casa
Trazia as notícias fresquinhas
Pelo bico de uma pomba grandinha
Altiva e determinada bicou
As migalhas que no telhado não havia
E voou desatinada para o das vizinhas
E lá também não encontrou seu alimento
Foi triste e desolada a pomba grandinha
Que poisou no telhado da minha casa
Fugiu de tristeza e não mais se viu
As pombas procuram as sementes que não hão
Nem nos telhados nem em lado nenhum
As pombas, infelizmente, passam fome
Como muitos outros que não nomeio
Mas estão identificados
Só os míopes intencionais
É que não vêem
Há muita fome no meu país
E eu estou triste e desolada
Como a pomba grandinha
Que bicou o meu telhado!

 15/05/ 2014
 Lúcia Vieira 
As nuvens encasteladas
Há no firmamento
Uma cor acinzentada raiada de claro
O sol espreita envergonhado
Entre as nuvens encaracoladas
Parecem montanhas verdadeiras
Com seus desenhos e formas de encantar
São os capítulos naturais da mãe Natureza
É o tempo na concertação da mudança
Muda inesperada e tendencialmente
Da noite para o dia
E do dia para a noite
Tudo muda 
A maior parte das vezes de uma forma imatura
Até parece a Europeu no seu esplendor
A afundar Portugal
Até a CNE opina  
Que não há violação da imparcialidade
Ao previsto anúncio anunciado do dia dezassete  
Salvo outras melhores opiniões,
Uma opinião desastrosa em tempo de liberdade
Por alguns já contestada
Mas que de nada valerá a pena
Se continuar neles a votar
Não te deixes enganar
De tudo uma opinião crítica deve fazer
Sobre tudo o que ouves e vês fazer
Uma censura política, social e moral
Devemos continuar
Dando primazia ao diálogo  
Um outro país deve ser
Poder ver outra vez, as nuvens encasteladas
16/05/2014
Lúcia Vieira

segunda-feira, 12 de maio de 2014

 A luz  da intimidade
 Deste-me a mão
 Despiste-me
Fiquei nua
Sem roupa
Nenhuma
E na minha
Singela fragilidade e inocência
Despida de tudo menos dos sentidos
Deitaste -me na tua cama
Apagamos ao mesmo tempo a luz
Com a minha voz baixinha
Li-te um poema do amor
E declamei-o baixinho
Ao teu ouvido falei, sem medo  
O meu segredo
Mesmo sem luz!
 12/05/2014

 Lúcia vieira 

 Quotidianices!
Quando a manhã, a tarde ou a noite chegam
 Há pelo mundo um rodopio
 A rodopiar
Ligar!
 Desligar!
Liga esquentador, que não é inteligente
Desliga esquentador
Liga microondas
Desliga microondas
Liga máquina do café
Desliga máquina do café
Liga máquina da roupa
 Desliga máquina da roupa 
 Liga máquina da loiça
 Desliga máquina da loiça
 Liga jarro eléctrico
 Desliga jarro eléctrico
Liga aspirador mesmo o central
 Desliga o aspirador
 Liga fogão
Desliga fogão
 Liga televisão
Desliga televisão
 Liga carro
 Desliga carro
 Liga telemóvel
 Desliga telemóvel
Liga aparelhagem
Desliga aparelhagem de som
Liga rádio
Desliga rádio
Liga guitarra
Desliga guitarra
Liga alarme
Desliga alarme

 Liga ipfone
 Desliga iphone
 Liga iPad
 Desliga IPad
 Liga iPod
Liga computador
Desliga computador
Liga interruptor
Desliga interruptor
 Andamos todos na liga desliga
 É esta agora a nossa vida
A ligar e a desligar
 Mas, que estas ligações andam todas ligadas, isso andam
Sem o liga desliga já não somos nós,  já não somos nada !

Liga e depois desliga!

 12 de  maio de 2014
 Lúcia vieira




domingo, 11 de maio de 2014

Escadas da vida !

Escadas da vida!
Confesso, eu me confesso 
Subo e desço-as muitas vezes 
Diariamente e por vários motivos 
E nas subidas e descidas 
Sinto as pernas estremecer 
A abanar como figos maduros 
Penso mil coisas sobre esses tremeliques 
E distanciando-me deste estremecimento 
Usando um poucochinho do universo
Da sabedoria que alguém inteligente me deu
E por sua ordem seguro-me e agarro-me ao corrimão
Subindo-as agora firmemente de barriga encolhida
Com as Costas direitas e o peito de ar cheio
Para não cair nem estremecer mais
E quando o faço sinto que estou
Tomando a tua mão, meu Amigo
E sinto-me segura, assim contigo!

11 de maio de 2014
Lúcia Vieira

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Iluminai! Iluminai!
Ponto de luz
Um ponto
Outro ponto
Uma luzinha
Outra luzinha
Conjugados e unidos
Formam um ponto de luz
Na ponte dos caminhos
Com a iluminação e de Iluminado
Como um letrado sem lição
Iluminai os cegos da cegueira política
Deixai a malta ser feliz
Deixai a luz brilhar nos meus ou nossos olhos
E só a felicidade dominar
Deixem – me apenas ser  eu ,ser Feliz!
 24/03/2014

 L.Vieira 

Poligamia

Poligamia
Eram Seis papoilinhas, encarnadas
Nasceram entre as pedras da calçada
E o poste da luz num passeio,
Circundante da estrada nacional
 Bastante frequentado
E quando já estavam crescidas
Olhavam o mundo com seus olhitos negros
Usavam vestidinhos de veludo encarnado
Com decotes arrojados e saltos altos
Elegantes lá estavam  
Dias e dias as seis Papoilinhas
Numa conversa animada
Foram abordadas ousadamente
Por cinco Malmequeres
Namoradeiros e branquinhos  
Cortejando-as uma a uma
O primeiro disse:
-Eu gosto de ti
Depois o segundo disse:
- Eu gosto de ti
 O terceiro disse:
- Eu gosto de ti  
 O quarto disse:
- És muito bonita, gosto de ti
O último falou para as duas últimas papoilas
E numa vozinha arrastada disse:
- Eu gosto das duas
O malmequer viveu uma vida de poligamia
Todos viveram felizes para sempre
Mas o malmequer polígamo
Não teve Papoilinhas 
Nem malmequerzinhos
Uma consequência da consequente opção!
8/05/2014
Lúcia Vieira
 


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Voar

Voar!
Voar já não é só coisa de aves
Hoje, em dia tudo voa
Já nada me espanta
Nesta era especial
Voa o papel
Voam as folhas
Voam os eurinhos 
Do bolso dos portugueses
Com a ajuda do Dr. Pedro P Coelho 
E da Troika, sua inspectora atenta,
Disciplinada e rigorosa
Mais a sua usura e avareza
Tudo nos querer em tirar
Euros, pele, couro e cabelo
Para os “alemães” enriquecer
Ai, a esses sim, nada lhes voa
Antes pelo contrário  
Muito atentamente
Tudo trazem controlado
Sem um beliscão
Ou sem um descuidinho
Lá vão os nossos euros 
Tlim, Tlim,Tlim a voar  para os seus bolsinhos

05/05/2014

Lúcia Vieira 

Em maio pintam as cerejas

Em maio pitam as cerejas, na terra quente
Esse carnudo e saboroso fruto
É primavera ainda
Nos campos e serranias as carquejas e urzes
Continuam a sorrir apesar da secura
Para nuvens das gentes aí espalhadas
Nas searas de trigo serôdio
 As papoilas já dizem da liberdade
Dizem os segredos em surdina, os guardados
Contam a verdade de um povo
Em maio saltam os gafanhotos aflitos
Com os lagartos a rastejar de pescoceira, hirtos
Das palavras que nos jornais se escreveram
Os versos de uns poemas esquecidos
Nas folhas de uma figueira seca
De um poeta desconhecido mas distinto
Enegrecida está a figueira pelo tempo e pelo desgosto
Ultrapassada pelas cerejas que já pintam na cerejeira
Quando  já estiverem redondinhas e vermelhinhas 
Vou fazer uns brincos de princesa
Para usar  nas orelhas na festa, que vem aí
Redondinhas, carnudas e apetitosas
Vou -as trincar numa tarde quente de primavera
Contigo a meu lado a olhar o mundo
Em maio pintam as cerejas!
 07/05/2014

 Lúcia vieira 

sábado, 3 de maio de 2014

O amanhecer

 Acordei sem sono
 Ergui-me e abri uma janela
Vi o sol a espreitar por ela
Era o dia 3 de maio a acordar
Espreguicei-me com firmeza
Mas os ossos se queixaram, rangeram
Então, lavei a cara para ficar mais acorda
Acordei definitivamente de madrugada
Ao pé da vidraça da cozinha
Fiquei sossegadinha
A ouvir os pássaros
E eles acordaram barulhentos  
Estavam desassossegados
Andam num virote
De telhado em telhado saltitando
Levam um lembrete no bico
Andam a espalhar
Que amanhã é o dia da Mãe!

3 de  maio 2014

 Lúcia vieira

sexta-feira, 2 de maio de 2014

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O maio
O maio carrega-se da cor da terra
Maio moço, maio fresco
 Maio dos sorrisos dos nós, homens e mulheres
 Que gritam liberdade ainda, a de abril
 As maias são do campo e das giestas
 São, naturalmente belas
Brancas e ou amarelas
Fazem festas ao povo
Dão vida e cor à nossa e tua paisagem  
Alimentam as veias dos poetas
Ditam o verso da liberdade  
Escreve-se o seu nome sem medo  
O mês de maio, é o mês maio
Precedendo o abril, sempre a festejar
 Viva o mês de maio mais as suas maias a bailar!

1 de  maio de 2014

 Lúcia Vieira 

quarta-feira, 30 de abril de 2014

  A dança da lua

 A noite estava límpida e era a noite do baile lunar  
 A lua, moça jovem e decidida
 Vestiu-se a rigor com um vestido dourado
 Mantado pelo manto de seda avermelha
Debruado a cetim amarelado
Envolta nesse vestido
e em seus longos cabelos encaracolados da cor do oiro
 A lua estava linda! Muito linda!
Iria surpreender todas as estrelas, na certa
Saiu da sua casa cheia, e cheia de alegria 
Subiu para a charrete com ajuda do quarto crescente  
Esticou a corda com suavidade e os elegantes cavalos vestidos a rigor
Soltaram-se numa caminhada ritmada pelas pedras da calçada
 Em direção ao salão do universal, onde o baile tinha lugar 
Chegou!
Deslumbrantemente naquele vestido de seda fina
 E descalça desceu elegantemente da charrete
 Pela mão do seu outro grande amigo luar  
Seu grande amigo e ali seu par
Enquanto o quarto minguante se vestia, na sua maior lentidão
Finalmente apareceu!
Envergando o seu fraque em forma de meia-lua
Delicadamente, tomou-lhe a mão e levou-a para o centro do salão
 e começou  a  dança romântica de movimentos redondos
Uma de Johann Strauss e como se fossem penas,
Voaram e correram o salão do universo sem parar
Com a felicidade máxima de lua cheia de juventude e alegria
 Estava linda e feliz a moça Lua
 Naquela noite a Lua era de abril, da Liberdade  

18/04/2014
 L. Vieira


terça-feira, 11 de março de 2014

As papoilas

Muitas papoilas crescem agora espontaneamente nos passeios estreitos de todas as ruas perto da minha casa.
São vermelhas e fazem-se acompanhar de imponentes malmequeres e vigiadas pelas viçosas margaridas que floriram nos quintais, querendo segredar a todos que por ali passam que a liberdade está a chegar.
As papoilas dizem coisas que mais ninguém nos diz.
Com o seu redondinho olhar dos seus negros olhos captam os mistérios da vida a crescer.
São frágeis as papoilas, pelo menos, parece quando lhe tocamos e o vento as empurra para lá e para cá, numa dança de ventre e parece nos que vão cair.
As papoilas são valentes e destemidas
São orgulhosas da sua frescura e ciosas da sua liberdade
Desaparecem rapidamente mas deixam a saudade da sua vermelhidão que embelezam a minha e as vossas ruas mesmo.
As papoilas são para mim um símbolo de liberdade que se unem em grandes grupos para não se deixarem tombar e quando se tombam umas, outras se erguem, das sementes que deixaram cair de si para teimosamente continuarem a lutar pela conquistada liberdade.
As papoilas são a força da natureza a sorrir, os baloiços da esperança e da razão determinada que faz as crianças correr para elas, para as apanhar para não perderam a paixão da unidade e da liberdade!
A liberdade nasce e cresce espontaneamente como uma papoila!
Sejamos como as papoilas!

Lúcia Vieira
11/03/2014

quinta-feira, 6 de março de 2014

Estás a chegar ó primavera?

Com as pétalas de malmequeres
Vou semear a primavera!
Vou ouvir as papoilas chegar 
Vou por elas e com eles
Vou -me deixar levar!
Vou- me encantar, vou-me perfumar
Vou ficar inebriada sem fugir do meu lugar
Pelas suas sépalas e caules vou viajar
Vou fazer um breve sono
Nelas e neles vou -me deixar perder
Para os malmequeres nas primaveras
Voltar a semear e ouvir as papoilas a chegar
Vou descalça!
Vou com pressa!
Vou apanhar malmequeres!
Está a chegar a primavera!
Aqui, ao cantinho do meu quintal!
Lúcia Vieira
23/02/2014

domingo, 2 de março de 2014

Para uma amiga vitoriosa e corajosa

Há já cinco anos !
O que importa ?
O que importa não é saber que tempo já passou
O que importa não é saber em que momento da vida estás
O que importa é teres coragem da nova vida enfrentares
O que importa é que aprendeste a viver de forma diferente
O que importa é continuares a ser feliz
O que importa é mesmo reverter
O que importa é teres revertido
O que importa é não desistir de nada
O que importa é ser firme e perseverante na fé e na força que Deus te dá
O que importa é não perderes a coragem nem a determinação
O que importa é teres a mesma alegria que sempre tiveste
O que importa é mesmo ter-se  um dia de cada vez
O que importa é teres sempre tempo mesmo que para recomeçar
O que importa é fazeres uma vida tranquila
O que importa é renovares diariamente,o acreditar
na esperança e na fé sem nunca a perderes do sentido do teu olhar
O que importa é mesmo acreditares em ti ,nos amigos e familia
O que importa é pensares com clarividencia e lucidez
O que importa é poderes encontrar os teus novos prazeres
O que importa são mesmo as coisas simples da vida
e que estão perto de ti e que tu vês
O que importa é teres sempre a capacidade para bordar
pintar,escrever, ler, ensinar ou mesmo mais nada
senão mesmo,simplesmente, só pensar e contemplar
O que importa é continuares a ser capaz de dominar o negativo
O que importa é teres todos os dias a alegria de pensares só o positivo
O que importa é teres aquela energia para te  abraçares a ti
mesma ou qualquer outra coisa que te dê interesse ou gostes
O que importa é continuares a fazer todas as coisas
que te interessem, com entusiasmo,prazer e gosto
O que importa não é o muito ou o pouco,
O que importa é às vezes o quase nada 
O que importa é que continuar sempre a olhar
a vida como um novo desafio a sorrir e sem tristeza
O que importa é começar sempre o novo dia com esperança e e alegria
O que importa é um dia de cada vez sem pressa e sem ansiedade
O importa é teres sempre aquela forte garra da leoa
que há dentro de ti e te dá a força merecida para viver !
Viver sempre feliz!
Isto é o que importa para ti !
Isto é o que para nós importa, ver sempre em Ti

Lúcia Vieira

20/02/2014


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Memórias

Há em Chaves mui nobres pessoas
pessoas do ontem, do hoje e do  agora
Que carregam consigo a história
dos defeitos que alguns lhe puseram
porque lhes falta a memória
dos bons feitos dos de antigamente

e julgados ingloriamente …
15/01/2014
 L. V.